A ICA procura preservar os princípios doutrinários Cristãos, não permanecendo, porém, indiferente aos conhecimentos e às inovações positivas trazidos à luz por diversas áreas do saber humano, como a Arte, a Psicologia e as ciências em geral, e mesmo a investigação extra-sensorial, no intuito de proporcionar uma educação moral e espiritual mais completa e viva para seus seguidores. Ela mantém que uma teologia só pode se justificar se puder suportar um constante reexame à luz do progresso do conhecimento humano e do despertar espiritual do indivíduo. Neste sentido, tal teologia participa da natureza da Teosofia.
Sacramentos
A ICA reconhece sete sacramentos: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Absolvição, Santa Unção, Matrimônio e Ordens Sacras.
Eucaristia
Diferentemente de outras correntes, a ICA concede o sacramento da Eucaristia a qualquer pessoa que o deseje. Neste sacramento Jesus Cristo está presente de uma maneira espiritual sob a forma do pão e do vinho, sendo a expressão máxima do amor de Cristo para com sua igreja. A Eucaristia é essencialmente um ato coletivo; todos os que tomam parte, e em realidade toda a humanidade e toda a criação, são assim abençoadas.
Confissão e Absolvição
Outra característica distintiva da ICA é a “Confissão Auricular” ser opcional, não constituindo exigência preliminar para receber a Eucaristia. Sua prática frequente e sistemática não é encorajada, pois tende a restringir o verdadeiro valor do Sacramento na vida espiritual do indivíduo.
Por crer que a graça da Absolvição é um dos dons de Cristo para seu povo, a Igreja Católica Antiga oferta este auxílio aos que a desejam, quer seja pelo método auricular ou em seus serviços públicos.
Mística
Conquanto certos ensinamentos considera que devam permanecer dentro da categoria da revelação, uma vez que eles estão além do alcance e compreensão da pessoa comum, outros são passíveis de comprovação por aqueles que tenham despertado em si mesmos a visão espiritual necessária. A ICA ensina que o homem é um ser essencialmente divino, podendo por isso mesmo chegar a conhecer a Divindade de cuja vida participa.
A ICA acredita que o cerne de toda doutrina religiosa e experiência mística provém de uma fonte única e universal, que não pode ser reclamada como posse exclusiva por nenhuma seita ou credo. Ao mesmo tempo que se declara enfaticamente como uma igreja Cristã, não obstante admite que outras religiões são de inspiração divina e que todas procedem de uma fonte comum, e invoca para tal Santo Agostinho, que declarou: “A mesma coisa que agora chamamos religião Cristã existiu entre os antigos e não deixou de estar presente desde os primórdios da raça humana até a vinda do Cristo em carne, desde cujo momento a verdadeira religião, que já existia, começou a chamar-se Cristã” (Retract I, XIII, 3). O mesmo princípio se encontra na declaração de São Vicente de Lerins: “Afirmemos aquele em que se tem crido em todas as partes, sempre e por todos: pois isto é verdadeira e corretamente católico”. A Igreja Católica Antiga, por conseguinte, não se dedica a qualquer espécie de proselitismo.
Escrituras
A ICA ensina que as Escrituras não foram uniformemente inspiradas, mas somente em um sentido geral. Considera que elas contém muita coisa que é de inspiração divina, mas reconhece que outras tantas passagens são de valor duvidoso, devendo o devoto esforçar-se por entendê-las em um sentido alegórico ou simbólico antes do que literal.
Também admite que outras escrituras, de outras tradições e povos, possuem momentos da mais alta inspiração, sendo importantes como elementos de comparação e estudo para um entendimento mais amplo da verdade, que considera única.
Considera as escrituras, os credos e tradições da igreja como os meios válidos de transmissão dos ensinamentos de Cristo, porém não lhes confere qualquer idéia de infalibilidade ou autenticidade absolutas, principalmente por causa da limitação do entendimento humano, o limite do verbo humano e, a influência da vontade e interpretação. Ela deduz deles certos princípios de crença e conduta que toma como básicos, verdadeiros e suficientes, embora não completos, como auxiliares para um correto entendimento e correta conduta.
Reencarnação
Talvez um dos pontos mais distintivos da ICA em relação às outras denominações Cristãs seja a crença na reencarnação, que considera necessária para a consumação da exortação de Cristo: “Sêde perfeitos como vosso Pai no céu é perfeito”. Analisando os fatos do mundo e do homem, a ICA não julga possível para a imensa maioria das pessoas atender a esta instância no breve período de uma só existência, no que encontra apoio em diversos outros sistemas de filosofia e crença que toma como dignos de consideração.
Deus Pai e Mãe
A ICA refuta a visão comum de um Deus de índole masculina, pois crê que a unidade indivisível da Divindade abarca ambas as polaridades evidentes na manifestação do mundo. Desta forma presta uma reverência especial à Virgem Maria, como representação da maternidade de Deus.
Liberdade de pensamento
Na maioria das igrejas Cristãs a afiliação baseia-se na aceitação de uma crença comum e em muitos casos dogmática. Muitas vezes observa-se grande discrepância entre a crença real de um indivíduo e a conduta oficial que lhe é requerida. Esta inconsistência conduz a uma incredulidade reprimida ou dissimulada, e tende a impedir o livre exercício da razão, e concede assim a seus membros plena liberdade para interpretação dos credos, escrituras e tradição, da Liturgia e da Doutrina.
Inferno
Igualmente importante é a negação da existência de qualquer tipo de condenação ou inferno eternos, considerando mais cabível a noção de que o indivíduo deve sim expiar seus maus atos, seja nesta vida ou em outras futuras, mas sem que isso implique privação da graça divina por um período infinito, sejam quais forem a quantidade ou gravidade de suas transgressões.
Liturgia
A ICA usa uma liturgia revisada no idioma vernáculo; se conservam com escrupuloso cuidado os traços essenciais das formas sacramentais, e a nota predominante é de uma alegre e devota aspiração em direção ao divino. Procurou-se excluir a declaração de sentimentos que possam não encontrar manifestação sincera ou que não possam razoavelmente ser levados à prática.
Menções ao temor a Deus e sua ira; invectivas contra os pagãos; atitudes de adulação servil ou rebaixamento abjeto; súplicas por misericórdia, tentativas de barganhar com Deus e alusões à condenação eterna, junto com outras cruéis reminiscências do passado, tudo isto foi eliminado como contrário à ideia de um Criador amoroso e de um homem criado por Ele à sua própria imagem. As verdades essenciais da religião são imutáveis, mas sua apresentação pode e deve variar à medida que a humanidade avança em direção à iluminação mais completa. Expressões formais que eram adequadas para comunidades rurais da Ásia Menor nos primeiros séculos da era Cristã ou para a mentalidade medieval não podem espelhar os sentimentos de adoração contemporâneos.
Cura
A ICA presta uma atenção especial ao ministério da cura, e tem no alento revivificante do Espírito Santo, na graça da absolvição e nos sacramentos da Unção e a Eucaristia, meios de graça que vitalizam e complementam os métodos de cura tradicionais.
Arte
A ICA considera a arte como uma atividade criadora do Espirito Santo, e por isso um fator poderoso para o aperfeiçoamento moral e espiritual do homem. A Igreja Católica Antiga crê que o adestramento e refinamento das emoções e das percepções intuitivas por influência da arte são tão necessárias como o é o desenvolvimento da mente pela ciência e filosofia. A expressão da beleza em atos de culto é sumamente valiosa em nossa era tecnológica e utilitária. O ritmo do cerimonial, a cor e a forma das vestimentas, o poder enaltecedor da música, a harmonia da arquitetura dos templos e a inspiradora simplicidade de seu mobiliário são instrumentos valiosos na liturgia.
Clero
O clero da ICA não reivindica poder temporal ou espiritual sobre quem quer que adira a seu rito, e não reclama autoridade alguma sobre a consciência individual, mas enfatiza sua função como ministros dos sacramentos divinos, como servidores dos mistérios de Deus, e como auxiliares de todas as pessoas em suas variadas dificuldades.
A Igreja Católica Antiga não proíbe nem exige o matrimônio para seus sacerdotes, mas espera que qualquer que seja a opção individual esta seja conduzida com respeito para consigo mesmo e para com os demais irmãos. A Igreja Católica Antiga não recusa o matrimônio à pessoas divorciadas.
O clero da Igreja Católica Antiga não recebe pagamento e geralmente conserva suas funções seculares como meio de subsistência enquanto se dedica ao serviço da igreja.
Política
A ICA, enquanto instituição, se mantém completamente à parte de envolvimentos com a política ou movimentos sociais, embora permita a seus membros participação em qualquer movimento, partido ou causa.
(41) 3060-1597
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Celebrações na Capela aos Sábados
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